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Paisagem de uvas para produção de vinho

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Vinhos naturais conquistam o paladar brasileiro



Saiba como a viticultura artesanal resulta em líquidos puros, vivos, genuínos e fáceis de beber.

O movimento dos vinhos naturais, nascido na França dos anos 1980 e já consolidado na Europa, tem atraído cada vez mais brasileiros, como um afago no coração. De personalidade autêntica, delicada, fácil de beber e, ao mesmo tempo, complexa, a categoria também favorece a viticultura sustentável e consciente. Deve, ainda, alcançar o faturamento mundial de US$ 30 bilhões em 2030, segundo projeção da Transparency Market Research. Mas o que são os vinhos naturais O vin méthode nature se inicia com uvas cultivadas sem agrotóxicos, pesticidas e herbicidas. Mais que isso, os vinhos naturais são fermentados apenas com leveduras autóctones isto é, presentes na própria casca da uva e naquela vinícola. Evita- se qualquer intervenção química, até mesmo o uso de sulfito, o dióxido de enxofre. Os vinhos não são filtrados de forma tradicional, e sim por decantação. Todo o processo de colheita e engarrafamento é manual, o que se reflete em lotes menores. O conceito também se aproxima dos vinhos biodinâmicos. Fomentados pelo cientista e filósofo austríaco Rudolf Steiner, eles se destacam pelo plantio, com uso de ervas e minerais no preparo do solo, e a colheita, realizada conforme o calendário lunar. Os produtores também não utilizam agroquímicos nem corretivos na finalização da bebida. Via de regra, os vinhos naturais também são orgânicos. Caso sejam produzidos com a metodologia citada acima, também podem ser biodinâmicos. Independentemente da nomenclatura, são líquidos puros e mais saudáveis. Vinhos vivos, digamos. Terroir boliviano

Os vinhos naturais transcendem denominações de origem tradicionais e possibilitam descobrir terroirs pouco explorados. Nosso vizinho, a Bolívia, por exemplo, se beneficia das altitudes extremas e do sol intenso para apresentar bebidas singulares, com feitios naturais, de intervenção mínima. Entre eles, destacamos a vinícola Jardín Oculto, que, como o próprio nome diz, esconde-se no Valle de Cinti, em Chuquisaca, sul da Bolívia. Os vinhedos ultrapassam dois séculos, com uvas criollas centenárias, o que lhe confere inegável legado. A bodega tem ainda o diferencial de ser dirigida por mulheres, tendo à frente a enóloga María José Granier. A Jardín Oculto apresenta três rótulos:

  • Moscatel de Alejandría

  • Negra Criolla

  • Vischoqueña Blanc de Noirs

Recém-lançada, a safra 2021 do Moscatel de Alejandría tem visual turvo, como é mais comum aos vinhos naturais, com aroma de pimenta-jalapenha: na boca, o paladar é cremoso, com notas florais e cítricas, que remetem a pêssego e toranja. O tinto Negro Criolla, de casta originária da Espanha (Listán Prieto), mas cultivada exclusivamente na América do Sul, traz referências de framboesa, amora e especiarias, com toques terrosos, corpo de rica acidez e equilibrado sabor frutado. Por fim, o branco Vischoqueña leva o nome de uma cepa de uva boliviana: tem alusões aromáticas florais, como as da trepadeira madressilva, e paladar frutado de pêssego.

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