Conheça a vinícola chilena artesanal aprovada por sommeliers no Japão e já presente nas enotecas do Brasil.
Em meio ao Vale de Colchagua, no Chile, surge a Clos Santa Ana. A pequena vinícola integra cerca de 10 mil plantas, mas a ousadia dos idealizadores foi capaz de levar os vinhos artesanais ao outro lado do mundo. Proprietários da Clos Santa Ana desde 2012, o embaixador chileno Roberto Ibarra e o vinhateiro brasileiro Luiz Allegretti se encantaram com o local, que tinha um vinhedo abandonado, uma casa de adobe quase destruída por terremotos e solo exaurido por décadas de cultivo de arroz. Por trás daquele cenário inóspito, eles vislumbraram a possibilidade de produzir vinhos de autor. Aprovado por sommeliers no Japão e já presente em enotecas do Brasil, os vinhos Clos Santa Ana têm suas uvas colhidas e descascadas à mão. No processo de vinificação, as frutas são suavemente prensadas e fermentadas com leveduras selvagens, da própria vinícola. Nenhuma espécie de produto químico ou sintético é utilizado, o que os tornam produtos orgânicos e biodinâmicos. O tom artesanal da Clos Santa Ana, se destaca nos rótulos, escritos em caligrafia cursiva, imprimindo personalidade e certo romantismo à embalagem. Considerando a importância do conceito de terroir, Roberto e Luiz escolheram seis variedades:
Carménère
Cabernet Sauvignon
Malbec
Cabernet Franc
Chardonnay
Viognier
Os vinhos O rótulo Clos Santa Ana Sirios se apresenta nas variedades Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Carménère. São tintos de cor intensa, profunda e bem extraídos. Nos aromas, o toque terroso inicial logo cede espaço ao floral, seguido de notas de especiarias, frutas negras e um ligeiro mentolado. Paladar frutado, com boa adstringência, leve calor e acidez na medida, finalizado com razoável persistência. Há equilíbrio e sentido de lugar. Tem um sabor particular, com um ligeiro verdor que decorre do tipo de madeira utilizado: o carvalho nativo. Já o Aralez de Clos Santa Ana chega à garrafa nas variedades Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Malbec. Intenso e profundo em uma cor que denota juventude e, sobretudo, a boa extração. Aromas complexos, com as especiarias destacando o licor de cassis, as frutas vermelhas e as negras em profusão. Depois de algum tempo de degustação, vem a reminiscência de sous-bois (sub-bosque), envolto em toques de mentol e leve terroso. Na boca, sua entrada revela um vinho solidamente estruturado, concentrado, de taninos aveludados. O terroso do nariz se confirma no paladar. Largo, persistente, volumoso, com personalidade e elegância. Termina com longa persistência, confirmando as sensações aromáticas iniciais. Mais um tinto dotado do acalentado sentido de lugar. Destaque ao curioso Clos Santa Ana Perro Vago, em homenagem a um dos 60 cachorros presentes na propriedade. Com notas de frutas vermelhas maduras, ervas e flores do campo, cravo e canela, proporcionam uma experiência exótica e peculiar. Com taninos frescos e macios, e um final longo. Profundo e intenso, o vinho é armazenado em barricas de carvalho francês.
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